PATO: PAGAR OU NÃO A MULTA!

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Alexandre Pato tem sido assunto em várias rodas de torcedores do São Paulo. E, ainda bem, pelas boas atuações quando está em campo.

Artilheiro do time no Paulista, o atacante faz a diferença quando está em campo e ajudou o São Paulo também na partida contra o Danúbio, pela Libertadores.

A questão que quero levantar na coluna hoje é a tal da multa que temos que pagar para que ele possa atuar contra os galinhas. E já afirmo desde já que minha opinão é favorável ao pagamento do valor que o libera para atuar pelo TRICOLOR. E explico.

Não acho que Pato seja craque, gênio ou qualquer outro adjetivo que valha uma multa de 5 milhões. Mas dois pontos cruciais me fazem ser a favor disso. Primeiro que ele tem sido, sim, fundamental para o time. Tem entrado em campo concentrado, tem se dedicado aos treinos, ao time em campo e faz, sim, diferença quando joga.

Segundo, e mais importante do ponto de vista psicológico, é o fator motivacional. Na primeira partida pela Libertadores, contra os galinhas, o que a gente pode ver foi um São Paulo apático, sem vontade, sem gana, sem pegada. Mais do que técnica e escalação correta, falta para cada um dos que encaram esse jogo um pouco de brio, de vontade de ganhar, de ter a consciência da importância dessa rivalidade.

A gente vê isso claramente em Sheik, Elias, Danilo e principalmente Jadson, por exemplo. Os caras entram com sangue no olho, com vontade dobrada de ganhar do São Paulo. É um clássico, uma rivalidade histórica, um jogo em que o Brasil todo presta atenção. E mais do que um time bem montado, a garra e a faca nos dentes sempre faz a diferença.

E aí é que entra Alexandre Pato. Duvido que ele não entre dessa maneira contra eles. Um time em que ele sofreu muita pressão, que saiu desacreditado, e que teve marcação cerrada da torcida. O cara precisou se esconder na casa de máquinas do clube para fugir da torcida, gente! Não é possível que isso não mexa com o brio do cara quando ele estiver em campo.

Acho que um psicológico bem tratado com Pato faria muita diferença nesse jogo. Derrotas acontecem, faz parte do jogo, mas não aguento mais ver o time TRICOLOR entrando sem concentração e sem “raiva” prá esse jogo. Apatia nunca vence jogo, nem na base da sorte.

Apesar disso, acho realmente dificil que o São Paulo decida pagar essa multa, infelizmente. Mas deixo aqui a pergunta. É realmente muito dinheiro, mas será que não é um investimento que pode render frutos em uma competição que o torcedor TRICOLOR mais gosta?

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Contra tudo e contra todos, sempre São Paulo FC!

AMOR AO CLUBE

Amigos são paulinos, bom dia.

É… Não têm sido fáceis os últimos dias…

Em menos de 72 horas vimos nosso Tricolor ser prejudicado pela arbitragem por duas vezes. No Paulista, fim da linha. Uma arbitragem extremamente parcial definiu a classificação daquele que hoje é o time oficial do governo. Injusto, imoral e… corriqueiro. Há muitos anos que eles só vencem assim. Continuar lendo “Contra tudo e contra todos, sempre São Paulo FC!”

Aprendizado e Paciência

Senta que lá vem história.

O ano era 2006 e depois de sei lá quanto tempo o Tricolor iria jogar em Sorocaba/SP, minha cidade de nascimento, contra o glorioso E.C. São Bento.

O jogo era especial por dois motivos: primeiro pela chance de ver o time que acabara de ser CAMPEÃO MUNDIAL e vinha cheio de moral após ter jogado e vencido o Caracas na Venezuela por 2×1 pela Libertadores no meio de semana. Segundo, que era primeira vez que eu levaria  a minha mãe, D. Maria (são-paulina fanática sobre quem já falei aqui) para ver o Tricolor no campo. Para aumentar o otimismo, vínhamos de uma série de DEZ jogos de invecibilidade e o Azulão sorocabano ocupava a zona de rebaixamento.

Em outras palavras, não tinha como não exalar otimismo e a expectativa era de uma SONORA goleada. Mas quando a bola rolou no estádio Walter Ribeiro parecia que o São Bento era o campeão do mundo.  Aos 20 min.  do 1° tempo os mandantes abriram o placar. E o São Paulo sonso, sonolento, visivelmente cansado da viagem do meio de semana, dava nos nervos.

Lugano e seu característico 'olhar maligno' (foto: uol)
Lugano e seu característico ‘olhar maligno’ (foto: UOL)

Se fosse hoje diriam que faltava raça, que faltava LUGANO no time. Mas ele estava lá, embora não por muito tempo, já que acabou EXPULSO na metade do segunda etapa, saindo sob vaias, principalmente porque no próximo jogo pelo estadual contra o rival sem cor ele desfalcaria o time. No final, como se a humilhação não fosse suficiente, o São Bento marcou o segundo aos 48 do segundo tempo. Para desespero de D. Maria, que estreava com derrota em competições oficiais.

E que diabos esse jogo que ninguém mais lembrava tem a ver com o atual momento do time?  Muito, pra quem nessa jornada de torcedor já saboreou grandes vitórias e amargou improváveis derrotas.

Não vejo muita diferença entre o que aconteceu no episódio de 2006 e o do último domingo. O Tricolor vinha de um compromisso bem mais desgastante que o Santos. E Neymar, apesar de ser o cai-cai fdp que odiamos, tem muito mais talento que o são-bentista Celsinho de então. Isso pra dizer que não é porque o time perdeu dois jogos que virou um bando de pernas-de-pau. Nessas horas em que a corneta implora para ser soprada, a disciplina da paciência deve ser predominante.

Paciência principalmente no caso do ‘Ganso da discórdia’. Ainda na época da sua contratação argumentei várias vezes que Ganso seria um bom reserva para o Jadson (simplesmente porque Jadson carregou o piano durante 2012 inteiro e seria injusto colocá-lo direto no banco).  E para ‘melhorar’, Jadson começou a jogar o fino da bola,  Cañete ressuscitou ‘voando’ e Aloísio dá sinais de que quer beliscar uma vaga entre os titulares. Por isso o lugar do Ganso hoje é mesmo o banco (do qual não deveria ter saído no domingo). O que pode ser ruim para o Marketing e o EGO dos que o contrataram mas é ótimo para o time.

Uma última observação sobre “ser paciente”: como o São Bento acabou rebaixado em 2006 as chances de Dona Maria ver o Tricolor in loco ficaram reduzidas. Mas como quem espera sempre alcança, em 2007 o Grêmio Barueri teve problemas com seu estádio e escolheu mandar o jogo contra o Tricolor em Sorocaba, naquele mesmo e fatídico Walter Ribeiro. E lá fui eu levar Dona Maria novamente. Desta vez com o otimismo bem mais controlado. E dessa vez sim tivemos  a goleada esperada. Ao invés de vaias, palavrões e cornetagem, gols, risos e felicidade. Resultado do jogo: São Paulo FC 5 x 0 Grêmio Barueri.

No placar agregado, Dona Maria 5 x 2.

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Isto é a minha vida/Isto é o meu viver/Isto é o meu orgulho/Isto é São Paulo FC

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